Smartphone, que chega como versão modesta do BlackBerry Key2, chama a atenção com teclado nostálgico; conheça especificações e preço.
Ter o BlackBerry Key2 LE em mãos é como fazer uma viagem ao passado, mas com boas doses de tecnologias do presente. Com teclado físico e visual mais conservador, o novo celular da popular marca dos anos 2000 foi anunciado durante a IFA 2018, em Berlim, na última semana. Sua ficha técnica, que é mais modesta em relação ao irmão Key2, inclui o processador Qualcomm Snapdragon 636, 4 GB de memória RAM e 32 GB ou 64 GB de armazenamento interno.
A câmera traseira é dupla e tem resolução de 13 e 5 megapixels, com modo retrato, além de 8 MP para selfies. Para saber mais sobre a novidade, o TechTudo testou o smartphone por alguns minutos e conta os detalhes a seguir. Mais barato que a versão Key2, o LE chega pelo preço de US$ 399 (cerca de R$ 1.650 em conversão direta). Ainda não há previsão de lançamento no Brasil.
Design quase retrô
À primeira vista, o BlackBerry Key2 LE é quase idêntico ao irmão mais potente que não tem o “LE” no nome. A mudança está no material utilizado, que é alumínio no modelo mais caro, e plástico na versão com especificações mais enxutas. Obviamente, o modelo não tem tanta cara de premium quanto outros produtos feitos de metal, mas, apesar disso, ele tem o visual sólido e bem construído.
O lado positivo é que o plástico deixou o celular mais leve, com apenas 156 gramas de peso, sendo cômodo carregá-lo no bolso ou bolsa, por exemplo. Suas dimensões de 15,02 cm (altura), 7,18 cm (largura) e 0,83 cm (espessura) conferem uma boa pegada ao dispositivo. É confortável e equilibrado segurá-lo até mesmo com uma das mãos.
Virando o telefone, a parte traseira é revestida com um acabamento texturizado de borracha, com aspecto suave e que tem aderência na pele – o que, inclusive, diminui o risco do aparelho escorregar e cair no chão. O smartphone está disponível em três cores: Slate (cinza escuro), Champagne (dourado suave com azul escuro) e Atomic (vermelho com azul escuro).
O design tem como maior destaque o teclado QWERTY. O acessório parece praticamente inalterado em relação ao Key2, mas, infelizmente, a TCL teve que abrir mão de um dos recursos mais interessantes da versão mais cara. No novo celular, as teclas não são mais capacitivas e sensíveis ao toque. Isso significa que o usuário não pode mais executar ações de rolagem e deslizamento pelo teclado para manipular a interface na tela.
Em relação à usabilidade, a digitação pareceu bem desconfortável durante nossos testes. As teclas são bastante apertadas, o que torna complicado escrever qualquer frase sem errar. Tentar apertar uma única letra é uma tarefa árdua e, por isso, erros foram frequentes em pequenas palavras. Para amenizar, há um mecanismo de previsão e correção automática para corrigir problemas de digitação. Além disso, vale ressaltar que usar teclados físicos é questão de gosto e de costume – a utilização deve se tornar mais fácil com o tempo. O celular conta ainda com leitor de impressão digital acoplado à tecla de espaço.
Mudando de assunto, a tela Full HD de 4,5 polegadas (1620 x 1080 pixels) conta com uma proporção particular de 3:2 – isso porque o teclado físico impede que um display de tamanho tradicional seja colocado no aparelho. As imagens na tela não são de colocar defeito: têm brilho, contraste e cores no nível ideal.
Para os amantes de fotografia, o smartphone traz uma câmera traseira dupla com sensor principal de 13 megapixels, em conjunto com outro sensor detector de profundidade de 5 MP. O recurso de modo retrato está presente, para que os usuários tirem fotos com o foco no primeiro plano e o fundo desfocado. Já as selfies são garantidas pela câmera de 8 megapixels. Outras especificações incluem flash dual tone LED, HDR, gravação de vídeo em 4K a 30 fps e integração com o Google Lens para reconhecimento de objetos por inteligência artificial. Nos testes, a câmera não se saiu mal no ambiente da feira, porém é melhor esperar a opinião final em um teste mais completo.
Especificações mais modestas
Devido ao preço mais baixo, a ficha técnica do BlackBerry Key2 LE chegou com números modestos. O seu conjunto interno é composto pelo processador octa-core Snapdragon 636, com 4 GB de memória RAM. São 32 GB ou 64 GB de armazenamento interno para guardar seus apps, fotos e músicas, além de ser possível expandir até 256 GB por cartão microSD. Além disso, ele desembarca de fábrica com o Android 8.1 (Oreo).
As especificações devem ser suficientes para ações simples do dia a dia, como navegar nas redes sociais, checar e-mails e assistir a filmes e séries, por exemplo. Em nosso rápido teste, o smartphone se comportou bem ao realizar tarefas sem qualquer lentidão ou engasgo. Mas, de novo, é necessário aguardar pela análise completa para saber como é a sua perfomance em diferentes cenários e situações. A bateria é de 3.000 mAh, com promessa de aguentar mais de 22 horas longe das tomadas.
Disponibilidade e preço
O BlackBerry Key2 LE é um prato cheio para quem curte a nostalgia de digitar em teclas “de verdade”. O modelo chega aos Estados Unidos pelo preço de US$ 399 (cerca de R$ 1.650 em conversão direta), ou seja, US$ 250 a menos que o irmão mais poderoso, que custa originalmente US$ 649. Assim como o BlackBerry Key2, o LE ainda não conta com previsão de lançamento no Brasil.
Ficha técnica do BlackBerry Key2 LE
Tamanho da tela: 4,5 polegadas
Resolução da tela: Full HD (1620 x 1080 pixels)
Câmera principal (dual): 13 MP e 5 MP
Câmera frontal (selfie): 8 MP
Sistema: Android 8.1 Oreo
Processador: Qualcomm Snapdragon 636 (8 núcleos)
Memória RAM: 4 GB
Armazenamento (memória interna): 32 GB ou 64 GB
Cartão microSD: compatível até 256 GB
Capacidade da bateria: 3.000 mAh
Peso: 156 gramas
Cores: Slate (cinza escuro), Champagne (dourado suave com azul escuro) e Atomic (vermelha com azul escuro)